Das coisas que eu já devia ter aprendido...a vida me grita que as pessoas nem sempre sentem o que dizem, e que a carência é péssima companheira. Além de cega e surda, tem baixo QI, não conseguindo captar os milhares de sinais luminosos que podem decifrar a realidade dos fatos, e impedir o tombo.
Sobre o tombo... dói. Quebra-se tudo o que se acreditou ser - mas que jamais foi. Bate um típico não querer encontrar-se em meio à realidade. Encarar a vida da forma como ela é. Sem o encanto imaginário.
Olhar e não ver. Procurar e não encontrar. Esperar, e não chegar.
É certo que tudo passa. Passa vagarosamente. E isso dá uma tristeza no coração da gente. Porque essa coisa de solidão, de falta de colo, palavras, chêro e cafuné, é triste demais. No fundo desse poço é capaz da gente afogar o coração e matar os sentimentos, e ainda assim continuar a sentir tanto. E não sentir nada. Mas não um nada, de nada. Um nada que é vazio. Um vazio que ocupa um espaço enorme, e que mata o sorriso da gente. Sentir tanto, a ponto de não fazer sentido sentir.
A solidão é coisa muito triste. É acordar de manhã e conseguir ouvir o barulho do vento batendo na janela feito assombração. É sair na rua e ver uma multidão, mas não poder abraçar ninguém. É se agarrar na primeira mão amiga que lhe estendem como se fosse a sua única possibilidade de salvação ( e chorar quando num piscar olhos a mão não estiver mais lá - e nunca está!). É distribuir amor pra primeira pessoa que te abraça apertado(e sofrer por não receber amor de volta, nem abraço!). E ai a gente cala, a gente esconde. Pega a solidão e dança uma valsa. Coloca um sorriso amarelo no rosto, e tudo bem. Só que não!
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