domingo, 28 de novembro de 2010

Delírios...

Semanas tumultuadas,
Cheias de irritações,
Cansaços,
Tudo está doer
Olhos doem
Cabeça dói
O tempo inteiro.

Os livros estão a minha espera
Que tumulto,
Que cansaço.

O que fazer?
Correr?
Gritar?
Chorar?
Sofrer?

Não vou me deprimir, depressão é demodé! Ahh eu sou uma moça moderna! Lascada, porém polida!

Cansada, exausta! Eu amo e odeio tudo isso... meu inferno e paraiso; mas eu amo tudo isso! ah como eu amo!

Ohh não! Por favor! Não! Outro feriado prolongado não! Deixe-me, preciso me cansar mais um pouco!

Daqui há pouco é sexta-feira! Oh não! Sexta não chegue tão depressa...

Deixa eu sofrer mais um pouco!

Mãos que dominam a minha face... ohhh eu não consigo escapar
Mãos dominam a minha face... eu não consigo me livrar...

Quero mais livros, mais textos ... quero mais complicações...
Quero mais problemas...
Deixem-me nem sempre de boa vontadee
Deixem-me pensar nas coisas que devo fazer

Dever dever dever! Obrigações, obrigações... ahhhh

A humanidade criou suas proprias chatices! E eu ja não posso viver sem elas!!

Tudo tem seu brilho, depende de quem ver!!

Você ver? Você ver? Você ver??


ps: isso é só um delírio!


*

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

É isso também...


"Quem nunca saiu com o cara errado que a tire a primeira pedra! Mas atire nele, por favor."

"...Aí ele chega, tão lindo. E vai embora, tão feio.
E liga, tão bobo. E some, tão especial.
E eu morro, ainda que não ligue a mínima.
E eu não tô nem aí, ainda que pense o tempo
todo em não estar nem aí."

E ele é de fato a coisa mais errada e mais deliciosa da minha vida.

Eu nunca entendi a voracidade desse sentimento, que chegou dilacerando todos os meus conceitos de relacionamento e limites de tolerância. Nunca compreendi porque me entreguei tanto a uma história sem promessas, sem segurança, sem futuros.
Eu sempre soube que ele seria problema, e problema dos grandes! E eu sabia também o que estava fazendo: sim sim, eu estava fazendo a escolha mais errada da minha vida! Eu estava apenas começando a perder a minha paz!
... Gostei da voz, gostei do olhar, gostei da sensação. Estou no controle eu pensei. Pura ilusão...

Há meses procuro pelo ponto final. Sempre que pensei tê-lo encontrado os três pontinhos apareceram e eu disse que sim, claro que sim ,muitas vezes que sim!! aiaiai coração burro!

E... eis-me aqui! Que seja doce!

*

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

...



Num turbilhão de sentimentos ora feliz, louca desvairada eufórica, ora profundamente triste maldizendo a tudo e a todos. Ando me sentindo tão frágil e vulnerável, por tantas vezes necessitando daquele colo que ninguém dá. Aconselho-me,conformo-me, dou-me forças, com a contínua sensação de “ser sozinha”. Creio que isso não seja um mal grave, no entanto, por vezes causa-me uma dorzinha esquisita, cujo remédio não posso comprar na farmácia. Difícil traduzir em palavras. Movimento-me de um lado para o outro com a única certeza de que só tenho a mim mesma e por fim reconheço-me importante.



Que Seja Doce!


...

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

"Hoje existir me dói feito uma bofetada."

Por que não há palavras capazes de expressar o que sinto.
*
*
*
*
*
*
*
*
ps: ta chegando meu aniver.. para a felicidade geral da nação chocarei os ovos em casa.
*

domingo, 5 de setembro de 2010

Reticências... Reticências...


Nunca se sabe o que pode vir depois de uma reticência; interrogações, exclamações ou pontos finais. Uma reticencia é sempre uma surpresa. Não fecha ciclos nem é a afirmação de finalização por meio de três pontos finais.

Sou reticente por excelência. Tenho uma absurda dificuldade em colocar pontos finais quando desejo dar continuidade. Vou suprimindo algumas passagens, deixando no ar alguns sentimentos, retomando alguns parágrafos, por vezes, textos inteiros. Não me completo, não me termino, não me exponho. Deixo no ar, deixo nos três pontinhos.

O que me faz taquicárdica é o meu tormento.

As finalizações só deveriam existir para o que nos mata, não para o que nos faz viver. No entanto quando nos recusamos a fechar ciclos, e insistimos nas reticências corremos o risco de repetir situações e sentimentos.

E ... eu optei pelo risco! Que seja doce!


*

domingo, 29 de agosto de 2010

" Há uma porção de coisas minhas que você não sabe, e que precisaria saber para compreender todas às vezes que fugi de você."

Ruídos de passos vazios, um nada. Despediram-se. Ela baixou a cabeça e seguiu seu caminho. Sua mente guardava o calor do abraço que poderia ser último, do cheiro do cabelo castanho escuro dele, e da fotografia dos olhares de ambos quando tiveram que dizer: “até qualquer dia...”

Atitudes forçadas, necessárias, e o medo das surpresas de um futuro próximo. Não era possível deixar se entranhar um no outro. Mas seria possível partir por inteiro?

- Passos lentos rumo a lugar qualquer, mãos no bolso, um canto de indiferença nos lábios... e sem olhar pra trás. Ele deixou metade de si com ela, e essa metade era um inteiro de peso incomensurável que ela não sabia se suportaria corregar. O abraço apertado que quase fez seu coração parar, congelou os olhos escuros dela numa sensação de culpa e solidariedade.


* Numa noite fria, ouvindo o barulho do mar... pés na areia molhada e coração na mão.




**


terça-feira, 17 de agosto de 2010

Sobre o ciúme

“Porque eu tenho pesadelos que parecem tão reais até quando você me abraça. E eu acordo triste, e brigo de verdade e passo o dia grave e dolorida como quando a gente leva um tombo no piso liso…que é só o passado. É como se eu sentisse um ciúme horroroso do meu livro predileto comprado em sebo, a dedicatória apaixonada que não é a minha, os resquícios do manuseio de outras mãos. Alguém corrompeu o trecho que eu mais gostava quando grifou à caneta algo que não pude apagar com borracha e que era tão secretamente meu. Desenhou corações onde só havia minha dor e eu discordei da interpretação alheia. E achei aquilo tudo de uma crueldade atroz. Mas permaneci com o livro no colo, cheia de um afeto confuso por ele: afeto pelo que era, angústia por já ter sido de outro alguém, e aquela sensação (imbecil) de falta de exclusividade. Eu que sempre achei que tudo é e está para o mundo.Perdoa o meu senso de autoimportância, já que não consigo perdoar o meu egoísmo.Eu sei que em alguns presentes, no embrulho, laços do passado são aproveitados. Eu só queria que eles não fossem tão vermelhos: desses que doem nos olhos e no coração.”

terça-feira, 20 de julho de 2010

...


" Não sabem quem eu sou, nem de onde vim. Só conseguem enxergar o que eu revelo. Nunca olham por baixo do pano. Se eu rio acham que estou alegre. E não sabem, que ás vezes quando eu rio com força demais, é que estou a beira do desespero."

segunda-feira, 19 de julho de 2010

" Porque fé, quando não se tem, se inventa. "




Em jupiter, saturno, plutão... tão tão distante, rezando para que algo bom aconteça;uma luz, uma
saída. Sentimentos confusos me impedem de expressar o que de fato existe dentro de mim. Uma mistura de medo com necessidade de renovação. Renovar. Mudar. Mudar de vida, mudar de casa, mudar de atitude, mudar de pessoas. Sair do quentinho do cobertor e encarar os ventos e tempestades da vida.

- Sim, eu tô com medo!
-De quê?
- do futuro.






*

quinta-feira, 10 de junho de 2010

"Amor é falta de QI, tenho cada vez mais certeza".


Não, não você não sabe! Você não sabe quanta coisa eu precisei engolir pra ter você um pouco mais. Você não sabe quanto doía compreender sempre as suas atitudes, não sabe o quanto a minha mente trabalhou na busca de argumentos para justificar você e a mim mesma. Quanta coisa eu fingi não ver, quanto ciúme eu fingi não sentir, quando tudo o que eu queria era gritar, extravasar, chorar. Meu Deus, quanta explosão contida! Você não sabe das lágrimas no banheiro, das noites mal dormidas, dos pesadelos... das orações... das promessas sempre quebradas... nem das renúncias.
Eu fui o melhor que você poderia ter. E como diz a canção " não adianta me procurar em outros timbres outros risos"... quando você aprender a valorizar um grande amor, eu ja não estarei por perto.

Realmente, preciso concordar, sou boa demais para você!


**

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Eu queria morrer só um pouquinho...



" A gente tem que morrer tantas vezes durante a vida que eu já tô ficando craque em ressurreição. Bobeou eu morrendo. Na minha extrema pulsão, na minha extrema-unção, Na minha extrema menção de acordar viva todo dia. Há dores que sinceramente eu não resolvo, sinceramente sucumbo. Há nós que não dissolvo e me torno moribundo de doer daquele corte do haver sangramento forte que vem no mesmo malote das coisas queridas, vem dentro dos amores, dentro das perdas de coisas antes possuídas dentro das alegrias havidas. Há porradas que não tem saída, há um monte de 'não era isso que eu queria'."


**

terça-feira, 1 de junho de 2010

“Eu sou essa gente que se dói inteira porque não vive só na superfície das coisas."

Tenho guardado dentro de mim tudo o que posso, pra não me perder, pra não perder mais nada nem mais ninguém. Estou fazendo meu coração de caixa, guardando todos os sentimentos. Contido, quieto, ele junta todas as lágrimas, todas as angústias, todas as tensões, e as guarda desordenadamente, como sombras que se esquivam.
Os meus pensamentos vão e voltam sem saber qual caminho seguir. Tento ultrapassar todos os sinaleiros. Em vão pego uma estrada, caminho longamente, volto. Paro, penso. Caminho em círculos. Entro na contramão. Acelero desgovernadamente entrando por ruas lotadas. Freio. Caminho errado. Volto, corro em círculos... Me escrevo, me apago, risco e rasgo. Meu disco arranhado toca no volume máximo...sempre na mesma música. No meu labirinto me perco e me acho. Me desgasto por não saber ser de menos. Eu não caibo em mim. Mas ainda assim mantenho a caixa do meu coração. Eu sou o tempo todo, mas não quero que saibam. Eu me repito por não saber ser diferente, mas isso é um segredo.

Pronto. Eu decidi que cansei.

**

sábado, 22 de maio de 2010

" Se não sarar hoje vai sarar... amanhã! "


As manhãs serão as mesmas, bem como os raios de sol que entram de manhã cedo pela minha janela me despertando dos sonhos. Vejo a imagem deles desaparecerem diante de mim, enquanto eu lamento estar de volta a minha realidade. Então esfrego os olhos, relutante, no desejo de ter aquelas imagens por mais três segundos . Tarde demais, elas se foram.

Acordo para a minha realidade e um turbilhão de sentimentos tomam contam de mim, e desejo novamente não ter despertado daquele sonho bom. Me apego a sua lembrança numa tentativa de fugir e desacreditar todas as coisas que tem me acontecido nos últimos meses. De tudo o que passou o que fica dentro de mim é um peso enorme junto do peito... guardando memórias bonitas e tristes simultâneamente.

Eu corri o tempo todo atrás de um amor, deixei meu coração voar, voltar e pousar desmedidamente, sem importar-me com as lesões do pouso, sem contar os machucados da alma. Abri as portas, e deixei que todos vissem o meu lado de dentro. Não fiz acepção de pessoas, apenas deixei-as entrar. Plantei as minhas flores em jardins alheios, e as borboletas não encontraram o caminho para me visitar. Elas ficaram perdidas em outros céus e eu perdi a glória do florescimento. O cinza cobriu o meu céu e vez enquando a tristeza vem morar em mim.

Nenhuma lágrima será suficiente para expressar a dor. O céu imita meus olhos, com uma chuva que parece até solidariedade do universo. Pus meus olhos no chão, e está difícil pintar o mundo com as minhas cores preferidas.


beijos a quem os mereça.



***

segunda-feira, 17 de maio de 2010

"... Tenho uma coisa apertada aqui no meu peito, um sufoco, uma sede, um peso..."


Exatamente assim. Pesada, sufocada. Ando com uma vontade tão grande de receber todos os afetos, todos os carinhos, todas as atenções. Quero colo, quero beijo, quero cafuné, abraço apertado, mensagem na madrugada, quero flores, quero doces, quero música, vento, cheiros ... quero parar de me doar e começar a receber.
Sabe, eu acho que não sei fechar ciclos, colocar pontos finais. Comigo são sempre virgulas, aspas, reticências... eu vou gostando... eu vou cuidando, eu vou desculpando, eu vou superando, eu vou compreendendo, eu vou relevando, eu vou... e continuo indo, assim, desse jeito, sem virar páginas, sem colocar pontos... e vouuu... dando muito de mim, e aceitando o pouquinho que os outros tem para me dar.

Ahhh, mima eu vai!

Que seja doce!
**

" Meu Deus, me dá cinco anos, me dá a mão, me cura de ser grande!!!"



AMÉM!!!
***

sexta-feira, 7 de maio de 2010

... minha alegria triste...



" Não, eu não quero ser medíocre não. Deus não me deu esse estômago enjoado, essa alergia encantada de vida e esse coração disparado à toa. Eu devo ser especial, eu devo ter algum talento. Não, eu não quero ser medíocre, não, eu não quero desistir, não quero optar pelo caminho mais fácil, não quero que a energia negativa me enterre."
**

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Borboletas no coração

Surpresas, incertezas, esperas pelo acaso! Gostaria de ao menos por alguns instantes poder controlar os acontecimentos ao meu redor. Saber previamente quais pessoas farão da minha vida, quais as pessoas que merecem ser amadas por mim, como agir em determinados momentos e etc.
As incertezas estão me deixando com borboletas no cerébro, no estômago, no coração... tensa, agitada, insegura... Queria ter respostas para as minhas perguntas, ou simplesmente esquecer todos os questionamentos e viver intensamente cada momento. Não tenho a pretensão de acertar o tempo todo, só não queria sentir esse nó na garganta que me diz o tempo todo: " tá tudo errado".

Que Seja doce!



**

domingo, 4 de abril de 2010

"Ou talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor.Eu gosto de gostos, eu gosto de pele, de cheiro, de amor verdadeiro."



Preciso muito que alguma coisa muito muito boa aconteça na minha vida... alguma coisa, alguma pessoa. Acho que tenho medo de não conseguir deixar que o passado seja passado, de aceitar verdades pela metade, de viver de ilusão! Eu preciso muito muito deixar acontecer o momento da renovação, trocar de pele, mudar de cor.
Tenho sentido necessidades do novo, não importa o quê, mas que seja novo, nem que sejam os problemas. Preciso abandonar essa " mania de passado"; retirar os entulhos , deixar a casa vazia para receber nova mobilia! Fazer a faxina da mente, da alma, do corpo e do coração! Demolir as ruinas e contruir qualquer coisa nova, quem sabe um castelo!
Que seja doce!
**

"Meu coração é um sorvete colorido de todas as cores, é saboroso de todos os sabores. Quem dele provar, será feliz para sempre."

Esperando por alguem...
... que entenda que as vezes eu sou meio maluca e falo besteiras e cometo grosserias
...que fico de mau humor vez enquando, principalmente nas fases da TPM... e que sempre tento gostar muito e sempre de tudo de todos... e se eu não gostar, todos saberão...
... que entenda que sou exagerada toda vida, decidida, convicta até que me provem que estou errada, e que na maioria das vezes termino fazendo as coisas do jeito errado sempre que tenho oportunidade... mas sempre, sempre sempre na tentativa de acertar...

... que dou risada sempre que não pode, que tropeço na rua e pago muitos micos, e sempre dou risada de mim mesma, e dos outros também ...advogada de defesa e de acusação... que as vezes fica parecendo doida, agindo como doida, falando bobagens sem nexo, tola, infantil, melodramática...
(...)

Mas não é só isso: verdadeira, amável, gentil, sincera...delicada, observadora, sensível... engraçada... que quer ser feliz, muito muito feliz e fazer outras pessoas felizes...
**

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

minha voz vai querer dizer tanta, mas tanta coisa que eu vou ficar calada um tempo enorme...só olhando e pensando: como você me dói vez enquando...


- No momento em que eu ia partir,
Eu resolvi voltar...

Vou voltar, sei que não chegou a hora de se ir embora!
[...]

[... e lá vem o amor nos dilacerar novamente!! reticência, reticências, reticências ...]

sábado, 20 de fevereiro de 2010

E eu me pergunto se viver não será essa espécie de ciranda de sentimentos que se sucedem e se sucedem e deixam sempre sede no fim."



O meu eu esta em guerra RAZÃO X EMOÇÃO.
O que fazer quando estamos divididos pelo que sentimos e pelo o que devemos de fato fazer? Ouvir o coração, e se deixar enganar vez enquando? Ou peitar a realidade e aguentar as consequências?
Aii cara eu não deveria mais olhar pra você, eu não devia mais falar com você... eu não devia mais sequer pensar em você. Mas é que a cada dia uma parte de mim me trai, trai todas as minhas noções do acredito que deve ser justo, do que sei que é justo... é, pois é " sou um animal sentimental, me apego facilmente ao que desperta meu desejo..."

Tenho perdido muito tempo na tentativa de decifrar esses sentimentos, mas a cada dia a única certeza que fica é que um dia vai passar, talvez não daqui a uma semana ou um mês, em dois quem sabe? Porque o sol nasce todos os dias, e mesmo em dias quentes a chuva molha a terra, e o tempo me conduzirá a novas estradas, com novas pedras no caminho, com outros movimentos, outros passos, novas danças e a pensar; meu Deus, como estou feliz novamente!

Então meu bem, se apresse, corra, grite... diga qualquer coisa... ou então se perderás de mim!

beijos a quem os mereça!
***

Tipo assim;

... mergulhada na fissura ôntica ...

**

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

"Seria tão bom se pudéssemos nos relacionar sem que nenhum dos dois esperasse absolutamente nada, mas infelizmente nós... temos - Emoções!



"Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar sem exigências. E sem solicitações aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana . Mas o que eu tinha era seu."


__

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

"Diria também que não há nada, mas isso não seria inteiramente verdadeiro..."

Porque eu inicie 2010 com um sentimento de que este ano tudo será bem mais dificil...
Porque eu tenho carregado uma sensação pessimista que nada dará certo!
Medo de não conseguir concretizar as metas propostas...
Medo de saber, que na verdade, eu não tenho muitas escolhas... eu preciso cumprir os prazos, eu preciso encontrar saidas; um mestrado tão sonhado, que chega ao fim com uma enorme sensação de peso... uma vida profissional mais que frustrada, relacionamentos tão mal resolvidos!

Porque eu desejo e preciso ultrapassar todos os meus limites; porque eu preciso extravassar essa minha mente com mania de grandeza, e libertar-me de todos os limites impostos a mim mesma, por mim mesma...

Porque sinto uma enorme necessidade de sair por ai sem hora pra voltar, sem hora pra dormir! Sem precisar explicar nada pra ninguém... Uma necessidade enorme de rir com os amigos até sentir a barriga doer, de escrever errado em português! Melhor ainda, de não ter que escrever nada científico! Chega de regras da ABNT, chega de acentos e regras gramaticais, chega de Marx, Chesnais, Mandel! Viva a ignorância!

Porque desejo e preciso ultrapassar todas as bordas, todas as margens... comer todos os doces que sentir vontade, fazer todas as caras e bocas que eu quiser... limpar os beijos das pessoas que eu não gosto... fazer castelos de areia e depois destrui-los... acreditar em papai noel, fadas encantadas, coelhinho da páscoa, duendes, super-heróis, lobo mau e bicho papão... dormir pra sonhar com os Anjos... e acordar pra fazer tudo outra vez, com outras cores e novos sabores!

beijos a quem os mereça!

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

O que há...

__
O QUE HÁ em mim é sobretudo cansaço –
Não disto nem daquilo,
Nem se quer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo.
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em alguém.
Essas coisas todas –
Essas e o que falta nelas eternamente – :
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvidas quem ame o infinito,
Há sem dúvidas quem deseje o impossível,
Há sem dúvidas quem não queira nada –
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque eu quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço,
Íssimo, íssimo, íssimo,
Cansaço...

(Álvaro de Campos )