segunda-feira, 8 de abril de 2013

"E a melancolia que não sai de mim, não sai de mim, não sai!"

Porque quero muito e não quero nada. Porque ao matar a adrenalina eu morro, mas se não matar morro da mesma forma. Porque eu sempre levo um susto ao olhar pra trás e perceber como eu mudei, como eu cresci, como eu me tornei uma pessoa muito melhor do que era, e me questiono como eu pude ser tanto tempo daquele jeito. Mas ainda assim, a melancolia não sai de mim, não sai de mim, não sai! E penso que não é tédio, é cansaço. Porque correr atrás dos sonhos é competir na São Silvestre com uma perna só. E dói. Dói o asfalto quente e a garganta seca. Dói a ânsia da chegada, dói pelo caminho que falta. Dói pela incerteza da vitória. Dói querer demais. Mas ainda assim é o que dá sentido, é o que causa êxtase, é  a sombra da árvore e a água gelada no calor de 40 graus.
 Não é tristeza, não é sofrimento, não é depressão nem TPM, é uma transformação pesável. É um sentimento sem nome. É a mania de levar tudo ao extremo... que ferra tudo, ou não. Sentir demais é melancólico. Ser demais é solitário. Há coisas que não dá pra querer resolver de uma vez, é preciso aceitar, esperar pacientemente. É o velho clichê: "ter Fé em Deus, ter Fé na vida". 






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domingo, 24 de março de 2013

"Pensei em sentar na calçada da rua(...) e chorar, mas preferi entrar numa livraria, comprar um caderno lindo e anotar sonhos.

E persegui-los!

Porque eu tenho sensações tão reais de está dormindo na minha cama, e no meu quarto. E eu acordo triste e pensativa de verdade, e passo o dia a me lembrar de cada detalhe da minha casa, como quem revive lembranças inesquecíveis. O necessário corte do cordão umbilical... A casa arrumada que não é a minha, a interferência de outros gostos que não são os meus; E vejo toda essa separação como uma crueldade impiedosa. Mas permaneço aqui, com a saudade no colo, as lembranças na mente e o coração cheio de afeto: afeto pelo o que tenho e sempre vou ter; angústia por está longe, e esperança em dias melhores; Dias que farão valer a pena toda essa distância.  A saudade bate, e eu apanho, mas daí vem a esperança  e me revigora!

 E eu que sempre achei que fui feita para o mundo... 


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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Desistir?





Eu já pensei seriamente nisso,
mas nunca me levei realmente a sério.
É que tem mais chão nos meus olhos
do que cansaço nas minhas pernas,
mais esperança nos meus passos
do que tristeza nos meus ombros,
mais estrada no meu coração do que medo na minha cabeça.


Cora Coralina

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Que venha 2013!!!

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quarta-feira, 30 de maio de 2012

"É preciso respeitar as pessoas como se não houvesse amanhã..."


Definitivamente eu não sou legal. Sempre fui azeda. Pessoa de poucos amores e de muito amor. Gosto de impor minha opinião aos demais. De controlar, dominar, e geralmente acho que tenho razão em tudo o que digo e às vezes faço. Se eu digo que te amo, eu farei tudo por você, sempre que você precisar. Posso ser boba quando gosto de alguém. Mas se eu não te amo, se eu não te amo proteja-se do meu olhar. Há quem me julgue antipática, mal educada e esnobe. Há quem diga que isso tudo é apenas uma máscara. 
Eu o que digo? Sei lá! Acho que sou pura azedura adocicada. A vida exige de nós um pouco de dureza, e é com um pouco de dureza que tento carregar o meu mundinho cheio de conflitos e estranhamentos na minha busca impossível pela perfeição (coisa chata né?). 

Aprendi a sorrir para disfarçar desconfortos. Não me sinto na obrigação de distribuir sorrisos quando não tenho vontade, mas estranhamente, prefiro disfarçar meu rio de lágrimas com um sorriso amarelo, porque eu prefiro ser alvo de duras críticas, do que alvo da pena alheia. Prefiro o julgamento pela minha aparência, do que pela minha verdade. Prefiro ser julgada pela minha antipatia do que pelas minhas fragilidades. 

Às vezes eu também choro bem escondidinha. Chorar faz parte, né? Pois é, faz mesmo! Faz parte do processo de esvaziamento e fortalecimento para as lutas de cada dia. Chorar é dividir com o mundo aquilo que a gente guarda só para nós. Chorar é silêncio transformado em palavra. É a expressão daquilo que não conseguimos dizer. O silêncio fala através das lágrimas. Lágrimas que o mundo não ver, palavras que o mundo não ouve, problemas que o julgamento alheio, sobre a minha pessoa, não resolve.

Então mundo, não devo desculpas por ser quem sou. Não sou legal, e não estou te dando mole, mas sou sensível, acredite se puder!

beijos a quem os mereça!
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domingo, 6 de maio de 2012

"Mas nada vai conseguir mudar o que ficou..."

‎"Eu continuo aqui meu trabalho e meus amigos. 
E me lembro de você em dias assim,
...Dia de chuva, dia de sol.

E o que sinto não sei dizer...

 Só que você foi embora,
 cedo demais minha querida!"

Naquela manhã o dia amanheceu triste em solidariedade a partida dela. Naquela tarde as folhas caiam das árvores, entregavam-se ao vento sem relutância. Aquele três de abril jamais seria esquecido. Era tudo muito injusto. A vida jovem que se ia tão cedo. Os sonhos que não seriam realizados. Os projetos que ficariam inconclusos. Os sorrisos e a voz que não mais poderia ser ouvida. O abraço que não poderia mais ser sentido.  O filho que ficaria sem sua mãe. O marido sem sua esposa. Os pais sem sua filha. Os amigos sem a irmã que a vida lhes permitiu escolher. A lei natural foi invertida, não era possível entender o porquê, por que Ela? Por que agora? .
... A dor da despedia, o silêncio sepulcral. O clima tenso, quente, pesado. E o amor, muito amor. A certeza do amor que não se acaba com a morte. O amor que sobrevive a ausência da matéria. O amor que reaviva a presença e eterniza o ser amado.

O sorriso dela jamais será esquecido. O amor por ela nunca acabará. Não há morte que corte esse vinculo de amor eterno.
As lembranças misturadas na memória... Ela está tão viva ainda... tão viva!

O Céu escureceu aos poucos nesse três de abril. A noite absorveu o dia na plenitude da sua escuridão.  A dor da saudade já era grande... foi vencida pelo cansaço. Como poderia ser possível não poder abraçá-la ao menos mais uma vez? Que absurdo!!! Tinha que ser um sonho ruim. Dorme menina, dorme que passa.

Não era um sonho.
 Trinta dias já se passaram...
 E ainda dói demais.

Tanto amor, misturado com tanta tristeza e com a certeza do reencontro.

 Beatriz Caroline * 28/08/1986
                          + 03/04/2012

domingo, 10 de abril de 2011

" É caminhando que se faz o caminho..."




Parece que finalmente o outono resolveu dar as caras no nordeste. As águas de março chegaram um pouco atrasadas, mas chegaram. Nesses dias meio frios a preguiça toma conta; dá vontade de ficar quietinha em baixo do cobertor, esperando o tempo passar, os sentimentos morrerem, os sonhos se realizarem. Esperando que alguma coisa, alguma pessoa aconteça. Mas, ergo a cabeça e enfrento a vida, não do jeito que gostaria, mas do jeito que consigo. Rezo e repito baixinho igual ao Caio: " Que Seja Doce! Que Seja Doce... sete vezes para dar sorte... Que Seja Doce!" E assim, não deixo a peteca cair,  paro de reclamar e começo a agradecer ao bom Deus por tantas coisas boas que tenho a minha volta, Amém. 



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