quarta-feira, 24 de novembro de 2010

É isso também...


"Quem nunca saiu com o cara errado que a tire a primeira pedra! Mas atire nele, por favor."

"...Aí ele chega, tão lindo. E vai embora, tão feio.
E liga, tão bobo. E some, tão especial.
E eu morro, ainda que não ligue a mínima.
E eu não tô nem aí, ainda que pense o tempo
todo em não estar nem aí."

E ele é de fato a coisa mais errada e mais deliciosa da minha vida.

Eu nunca entendi a voracidade desse sentimento, que chegou dilacerando todos os meus conceitos de relacionamento e limites de tolerância. Nunca compreendi porque me entreguei tanto a uma história sem promessas, sem segurança, sem futuros.
Eu sempre soube que ele seria problema, e problema dos grandes! E eu sabia também o que estava fazendo: sim sim, eu estava fazendo a escolha mais errada da minha vida! Eu estava apenas começando a perder a minha paz!
... Gostei da voz, gostei do olhar, gostei da sensação. Estou no controle eu pensei. Pura ilusão...

Há meses procuro pelo ponto final. Sempre que pensei tê-lo encontrado os três pontinhos apareceram e eu disse que sim, claro que sim ,muitas vezes que sim!! aiaiai coração burro!

E... eis-me aqui! Que seja doce!

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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

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Num turbilhão de sentimentos ora feliz, louca desvairada eufórica, ora profundamente triste maldizendo a tudo e a todos. Ando me sentindo tão frágil e vulnerável, por tantas vezes necessitando daquele colo que ninguém dá. Aconselho-me,conformo-me, dou-me forças, com a contínua sensação de “ser sozinha”. Creio que isso não seja um mal grave, no entanto, por vezes causa-me uma dorzinha esquisita, cujo remédio não posso comprar na farmácia. Difícil traduzir em palavras. Movimento-me de um lado para o outro com a única certeza de que só tenho a mim mesma e por fim reconheço-me importante.



Que Seja Doce!


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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

"Hoje existir me dói feito uma bofetada."

Por que não há palavras capazes de expressar o que sinto.
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ps: ta chegando meu aniver.. para a felicidade geral da nação chocarei os ovos em casa.
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domingo, 5 de setembro de 2010

Reticências... Reticências...


Nunca se sabe o que pode vir depois de uma reticência; interrogações, exclamações ou pontos finais. Uma reticencia é sempre uma surpresa. Não fecha ciclos nem é a afirmação de finalização por meio de três pontos finais.

Sou reticente por excelência. Tenho uma absurda dificuldade em colocar pontos finais quando desejo dar continuidade. Vou suprimindo algumas passagens, deixando no ar alguns sentimentos, retomando alguns parágrafos, por vezes, textos inteiros. Não me completo, não me termino, não me exponho. Deixo no ar, deixo nos três pontinhos.

O que me faz taquicárdica é o meu tormento.

As finalizações só deveriam existir para o que nos mata, não para o que nos faz viver. No entanto quando nos recusamos a fechar ciclos, e insistimos nas reticências corremos o risco de repetir situações e sentimentos.

E ... eu optei pelo risco! Que seja doce!


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domingo, 29 de agosto de 2010

" Há uma porção de coisas minhas que você não sabe, e que precisaria saber para compreender todas às vezes que fugi de você."

Ruídos de passos vazios, um nada. Despediram-se. Ela baixou a cabeça e seguiu seu caminho. Sua mente guardava o calor do abraço que poderia ser último, do cheiro do cabelo castanho escuro dele, e da fotografia dos olhares de ambos quando tiveram que dizer: “até qualquer dia...”

Atitudes forçadas, necessárias, e o medo das surpresas de um futuro próximo. Não era possível deixar se entranhar um no outro. Mas seria possível partir por inteiro?

- Passos lentos rumo a lugar qualquer, mãos no bolso, um canto de indiferença nos lábios... e sem olhar pra trás. Ele deixou metade de si com ela, e essa metade era um inteiro de peso incomensurável que ela não sabia se suportaria corregar. O abraço apertado que quase fez seu coração parar, congelou os olhos escuros dela numa sensação de culpa e solidariedade.


* Numa noite fria, ouvindo o barulho do mar... pés na areia molhada e coração na mão.




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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Sobre o ciúme

“Porque eu tenho pesadelos que parecem tão reais até quando você me abraça. E eu acordo triste, e brigo de verdade e passo o dia grave e dolorida como quando a gente leva um tombo no piso liso…que é só o passado. É como se eu sentisse um ciúme horroroso do meu livro predileto comprado em sebo, a dedicatória apaixonada que não é a minha, os resquícios do manuseio de outras mãos. Alguém corrompeu o trecho que eu mais gostava quando grifou à caneta algo que não pude apagar com borracha e que era tão secretamente meu. Desenhou corações onde só havia minha dor e eu discordei da interpretação alheia. E achei aquilo tudo de uma crueldade atroz. Mas permaneci com o livro no colo, cheia de um afeto confuso por ele: afeto pelo que era, angústia por já ter sido de outro alguém, e aquela sensação (imbecil) de falta de exclusividade. Eu que sempre achei que tudo é e está para o mundo.Perdoa o meu senso de autoimportância, já que não consigo perdoar o meu egoísmo.Eu sei que em alguns presentes, no embrulho, laços do passado são aproveitados. Eu só queria que eles não fossem tão vermelhos: desses que doem nos olhos e no coração.”